quinta-feira, 11 de julho de 2013

That's me in the corner

 Oh, no I've said too much, I haven't said enough. Eu não acreditei quando essa música tocou. Eu já tinha decidido que ficaria na cama e perderia o café da manhã, mas quando essa música tocou eu levantei da cama no mesmo momento e saí a gritando pelo corredor. Abri meu armário para pegar minhas roupas e tomar um banho, mas continuei cantando.
Duas mocinhas, provavelmente estagiárias porque estavam de jaleco branco, se aproximaram e uma delas perguntou: “A gente pode conversar com você?”. Respondi que sim e as levei até o meu quarto, onde eu ficaria mais a vontade.
Elas perguntaram exatamente o que eu previa. Então eu lhes dei o que queriam. Falei tudo. Tudo. Primeira infância, adolescência, tratamentos já feitos, remédios que eu já havia tomado, e o principal: o motivo de eu ter ido parar naquele lugar - o que na verdade foi sendo explicado ao longo da conversa. Elas agradeceram a oportunidade e foram embora. Eu fiquei ali, rindo, imaginando a bem possível chance de aparecer ali algum estagiário que seja meu colega, um conhecido.

Já que estava acordada fui tomar café e os remédios da manhã. Fazia frio, mas o céu estava azul e com um sol forte. Deitei na grama - Isso é o que eu mais sinto falta daquele lugar, qualquer coisa que eu fizesse lá dentro não causava surpresa a ninguém – Fechei meus olhos e cantarolei a música novamente. Oh fuck, that was just a dream.

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