Oh, no I've said too
much, I haven't said enough. Eu não acreditei
quando essa música tocou. Eu já tinha decidido que ficaria na cama e perderia o
café da manhã, mas quando essa música tocou eu levantei da cama no mesmo
momento e saí a gritando pelo corredor. Abri meu armário para pegar minhas
roupas e tomar um banho, mas continuei cantando.
Duas
mocinhas, provavelmente estagiárias porque estavam de jaleco branco, se
aproximaram e uma delas perguntou: “A gente pode conversar com você?”. Respondi
que sim e as levei até o meu quarto, onde eu ficaria mais a vontade.
Elas
perguntaram exatamente o que eu previa. Então eu lhes dei o que queriam.
Falei tudo. Tudo. Primeira infância, adolescência, tratamentos já feitos,
remédios que eu já havia tomado, e o principal: o motivo de eu ter ido parar
naquele lugar - o que na verdade foi sendo explicado ao longo da conversa. Elas
agradeceram a oportunidade e foram embora. Eu fiquei ali, rindo, imaginando a
bem possível chance de aparecer ali algum estagiário que seja meu colega, um
conhecido.
Já que
estava acordada fui tomar café e os remédios da manhã. Fazia frio, mas o céu
estava azul e com um sol forte. Deitei na grama - Isso é o que eu mais sinto
falta daquele lugar, qualquer coisa que eu fizesse lá dentro não causava
surpresa a ninguém – Fechei meus olhos e cantarolei a música novamente. Oh fuck,
that was just a dream.
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