sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Eu não sou

Eu preciso me desnudar, preciso saber o que tem por baixo não só das minhas roupas, mas da minha pele, da minha carne. Saber até que ponto eu sou eu e até que ponto essa cid me afeta. Preciso desconstruir tudo que penso que sou para então conseguir achar a minha essência. Essa necessidade grita. Mas me recuso a ser qualquer coisa já vista, qualquer característica que queiram atribuir a mim, qualquer estereótipo, enfim, eu não sou nada que exista. É esse sentimento que perpetua aqui dentro. Eu não existo. 

sábado, 10 de agosto de 2013

Deus lhe pague

Estou aqui. Mas invisível, imperceptível. Gotas e pílulas para que essa sensação se esvaia, mas ela só se salienta em meio a tantas outras. Eu poderia pular da sacada, me enforcar no banheiro, ligar o ar condicionado do carro, mas, mesmo assim, tudo que se move e existe além de mim continuaria existindo. E o que eu quero é justamente o contrário. Eu não quero necessariamente o meu desaparecimento, eu quero a não existência das sensações e das coisas que me incomodam. Mas o caos será sempre o caos, e a mim só cabe aceitar.