quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Olhos nos olhos

Eu me isolo
Eu choro
Eu cheiro
Eu bebo
Eu enlouqueço
Tudo de uma vez só
(Você conhece a minha mania do exagero)
O que você não conhece é a capacidade de me recriar
Já me desfiz e refiz tantas vezes, baby
Cê nem pode imaginar
Numa semana eu sou morte
Na outra eu sou vida
Num momento, sou desespero
No outro, euforia
Agora,
Luto fúnebre
Amanhã,
Carro de alegoria
Emprestando as palavras de um conhecido
Tatuo na alma
“Um coração partido
é um coração renascido”
E sigo. 







terça-feira, 9 de agosto de 2016

Vou morar no infinito e virar constelação

Sou vagante sem rumo
Filha do mundo
Poço sem fundo
Sem eira nem beira
De rastro, só deixo a poeira
Desde que me perdi de mim
(Ou em mim?)
Não conheço morada
Chamo de lar a minha estrada
De tanto transbordar
Sequei meu mar
Fiquei sem alma
Nua
Crua
Esvaziada.