terça-feira, 28 de outubro de 2014

Oito do dez

Então eu me vejo aqui, no mesmo espaço de um ano atrás, mas num contexto completamente diferente e, mesmo assim, por dentro é como se esse dia tivesse durado 365. Inocência foi me remendar, o que se aceita com defeito não tem devolução. Respiro. Nem sei o porquê, mas respiro, fui ensinada assim, achando que me manter sã é respirar. Mas não é, me manter sã custa mais que o meu salário por mês. Queria pular de pensamento em pensamento, de choro a sorriso, de impulso a impulso, sem ser aconselhada a tomar mais uma pílula. Sem ela pelo menos eu posso gritar, explodir, rir, sentir, sumir. Esse é o pequeno manifesto daquilo que eu ainda não vivi.