Mas conviver com essa dualidade
espiritual é complicadíssimo. Parte de mim quer passar o dia acampando próximo
a uma cachoeira, e a outra entre as ruas movimentadas da cidade. Eu busco o
agito na calma e a calma no agito. Não importa o lugar, eu nunca estou
satisfeita. E aí acontecem aqueles momentos em que eu deveria chorar e eu entro
em um estado letárgico, ou então que eu deveria ter calma e eu simplesmente
grito o mais alto que eu consigo.
O equilíbrio emocional, pelo
menos pra mim, será sempre um sonho. Ah chega disso. Só quero contar pra vocês
que hoje foi um dia de conversar difíceis, mas no fim dele eu presenciei o
entardecer mais bonito que já vi. Era um azul celeste misturado a um bem
clarinho em meio a uma tênue linha lilás. Observei luzes de casas ha pelo menos
20 km de
distância da minha. Eu me senti viva, e fazia tempo, muito tempo que eu não me
sentia assim.
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