E eu me viro e reviro toda do avesso pra ver se eu eu me deparo qualquer coisa que possa ser ''eu". Não acredito, ou me nego a acreditar, que sou só carne. Alguém me disse que eu sou espirito também, mas não consigo encontrá-lo em mim. O dia é de sol, mas aqui dentro tudo é sempre tão cinza. E eu, que sempre sou tão transparente, não consigo externizar, exceto pelas palavras escritas, a minha cor. E aí eu fico sempre incompleta, tentando achar meus pedaços pelo mundo, mas quando eu acho alguma coisa eu me abandono, porque geralmente é algo tão ruim que eu me recuso a ser este "eu". Acho que vai assim pra sempre: me procurar, me achar, me negar, me abandonar e seguir.
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