quinta-feira, 28 de abril de 2016

Descompasso ritmado

Eu só mergulho pra me afogar
Você prefere molhar os pés na beira do mar
Eu sou urgência
Você, calmaria
Eu sou o desespero, o alvoroço
Você, só ria
Eu transbordo
Você internaliza
Eu sou o aqui, agora
Você, um “talvez amanhã...”
Eu sou choro contido na garganta
Você, riso frouxo, feito criança
Eu sou prosa introspectiva
Você, gíria que ainda abrevia
Eu, tão translúcida
Você, pedra das mais duras
Eu sou novela mexicana
Você, sabor de fruta mordida, caldo de cana...
Eu sou insônia
Você, narcolepsia
Mas paradoxo mesmo
São dois universos opostos
Existindo em sinergia

domingo, 24 de abril de 2016

O leão e o passarinho

Queria ser um passarinho
Em teus cabelos negros
Fazer meu ninho

Poder voar longe
Bem alto
Sem rumo e sem caminho

Mas com a certeza
De que sempre que quisesse voltar
Teria um pouso em ti,
Leãozinho

Pra onde quer que eu fosse
Tu serias meu destino.


sábado, 16 de abril de 2016

O universo em uma rede de nós



Uma rede preguiçosa
Um abraço apertado


Um beijo iluminado
Por uma lua cheia
E um céu estrelado


Descobri um imenso universo
Nos teus pequenos lábios


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tu eres esa libertad soñada



Tú eres así
tan mujer en tus negocios
tan niña en tus sentimientos


Me miras de esa manera
pidiendo por cariño
después te armas
y cada una de nosotras que se va para su camino
Así me quedo perdida
deseando un encuentro
entre mí y tu destino


Tu alma es tan libre, niña
que aprisiona la mia


No sé lo que me prende mas
si es tu boca sedienta de vida
o tus pupilas dulcemente dilatadas...
Me enredo en tu pelo negro
mientras tus gritos hacen eco por la noche
Me muerdo para no despertar a los que no tienen
la suerte de tenerte con tu cuerpo y alma desnuda