terça-feira, 14 de abril de 2015

De passagem

Amo. Amo porque é leve e denso, e porque essa contradição é o que eu sou. Amo porque meu amor é exagero e ainda assim você absorve. Amo porque cada palavra tua é única e tem inúmeros significados. Porque teu riso te ilumina, e, confesso, gosto de ficar perto pra pegar um pouco desse brilho também. Teu cabelo quase sempre bagunçado, teus olhos que nunca estão completamente abertos, esse sorriso, esse corpo que eu não canso de olhar. Tudo, tudo em ti é poesia. Você é Drummond, é Moraes, é Leminski, é Chacal, é poema parnasiano, naturalista, contemporâneo, construtivista. E, principalmente, amo porque não existe a necessidade de se completar, a tua alma já é absoluta e a minha também, juntas transbordamos.



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