As páginas acabam na mesma velocidade em que a lucidez se esvai. A insanidade te estupra, te fode, mais do que qualquer pessoa. Pensamentos se atropelam. Uma nova faculdade, uma comunidade hippie ou uma corda no pescoço? Sei lá, acaba tudo no mesmo. Você toma um, dois, três, quinhentos banhos, mas não adianta, a sujeira está naquilo que os outros chamam de alma. A sensação do cérebro se desintegrando, a conta bancária estourada, o batom forte para desviar a atenção das olheiras. O refúgio é a cama e a receitinha azul.
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